11 março 2007

Pequenos ritos

Quem procura não encontra
se deixa de esperar
o inesperado que já achou:
acontecer poético do silêncio.

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido Mestre Professor Manuel, pensei...senti e surgiu algo sobre esta proposição :
Talvez quem procura possa encontrar antes ...algo que não era sua rota original, mas que satisfaça, ou então antagônico ao seu sentimento e busca original.
Inanição e atitude se conflitam no estado interior do eu: espera ou busca?
Quanto esperar? Quanto silenciar?
Pode se silenciar em uma comunidade que te precisa? Ou o egocentrismo deve falar mais alto e ensurdecer e emudecer?
E se o inesperado for oposto às próprias forças...ao que podia ser um bem coletivo, trazendo paz, entendimento, diálogo, troca, vivências compartilhadas? E se machucar? E se doer? E se destruir?
Sobra acontecer poético? De que qualidade? A custa de que irmandade? De que afeto? De que amor? Acredito assim que tem-se que lutar por amor humano,incondicional, por fraternidade desinteressada, igualdade, respeito mesmo diante do diferente, do discordante, do
avesso ao eu. Harmonia é uma tentativa coletiva de bem comum, penso eu. Abraços, aprendi com isso Professor...meu mais terno respeito.
Cilchrysti 27/08/2007