24 novembro 2016


O humano, o poético e a Contra-cultura

                                                 Manuel Antônio de Castro

                             Consulte também: www.dicpoetica.letras.ufrj.br. É um Dicionário Digital,
 
                             onde o essencial são as questões e não os significados semânticos. Nele,
 
                             poderá o leitor aprofundar algumas questões aqui levantadas.
         
 
            A contracultura já tem história, aliás como qualquer cultura. E a história, quanto mais avança o tempo, que a tudo põe e depõe, depurando, mais mostra o que não passa de aparecente, de passageiro. No que diz respeito às obras de arte são poucas, muito poucas, as que permanecem com algum interesse a não ser o documental em relação à época em que foram escritas. E as que perduram são as que se fundam nas questões e deixam-nas vigorar, isto é, deixam o ético-poético do humano se tornar algo vivo, atuante, permanente.

Na linha do tempo, a contracultura se mostra rica, multifacetada e até contraditória. A nós interessa o poético da contracultura, esse poético que é o agir do tempo sendo. Na realidade tal denominação é um nome contemporâneo para atitudes e projetos e utopias já muito antigos, tão antigos quanto é o próprio ser humano, embora denominados de outro modo. Se lembrarmos apenas o movimento de simplicidade e pobreza completa, iniciado por Francisco de Assis, no fausto da Idade Média, impossível não dizer hoje que foi uma contracultura em seu tempo. A eclosão de tais movimentos se inscreve naquilo que frequentemente se denominou “o mundo às avessas”, o que, noutra linha de pensamento, se poderia expressar dizendo: o avesso do mundo.

Mas, contemporaneamente, como podemos ver a contracultura? Como podemos melhor compreendê-la a partir dos princípios em que se fundamenta? E não será a contracultura uma das facetas mais marcantes da realidade contemporânea? A banalização, com que hoje se vive em tudo, não é o próprio esvaziamento daquilo que constituía a essência da contracultura? A globalização de hoje não seria uma contracultura às avessas? Na verdade, o que se denominou contracultura é o modo como a cultura dominante ou pretensamente superior tentou desclassificar aquela cultura que a pôs em questão. É necessário pensar a contracultura e não simplesmente aceitar ou negar.

           A grande dificuldade de entender a contracultura está em algo muito simples: há uma tendência, preponderante nos sistemas educacionais, de adjetivarem tudo, especialmente a cultura, sem pensarem a sua essência e tudo o que ela implica em termos humanos. E então se discutem somente atributos, portas de entrada para as máscaras, os estereótipos, os simulacros, as aparências e sobretudo os preconceitos. Exemplificando: cultura clássica, erudita, popular, moderna, antiga, medieval, primitiva, secular, religiosa, superior, inferior etc., como se todas antes de tudo e essencialmente não fossem culturas. Esses atributos pensam o aparecente sem o essencial, aquilo que em toda cultura é decisivo e vigorante. E sobretudo para pensar a contracultura houve uma separação dominante e hoje ultrapassada, fundamentada num critério político-ideológico: engajada ou alienada. Numa outra linha, a da formação esmerada, há a oposição de cultura erudita e cultura pop. Mas esta é a cultura dos meios de comunicação e seus suportes econômicos, baseada no consumo, superficial e banal. Estes, como os atributos anteriores, se mostraram parciais, passageiros, efêmeros, daí a necessidade de pensar a contracultura sem preconceitos epocais e tendenciosos. Sem dúvida, pensar o que é cultura sem pensar o que é o ser humano é perder tempo em superficialidades, em desfilar atributos. Claro, os atributos já indicam posições de valor. Mas estes variam tanto no tempo e no espaço e de cultura para cultura! E não podemos confundir, de jeito nenhum, valor moral com o propriamente humano, o ético. Muitas vezes os valores das classes dominantes e bem formadas são máscaras para encobrirem o vazio de sentido em que vivem. Stanley Kubrick, no filme De olhos bem fechados, mostra bem isso, sem esquecer as contradições em que se debatem os seres humanos, causadoras de sofrimento e solidão.

Todas as culturas, em qualquer tempo e lugar, são ambíguas por natureza. Nascem para realizar e promover o ser humano. E depois de afirmadas oprimem esse mesmo ser humano ao se tornarem valores absolutos, opressores, esquecendo que são forças de libertação. Isso ocorreu também com a contracultura. Nascida num momento específico, o do término da devastadora Segunda Guerra mundial, foi um grito de liberdade e defesa do ser humano, oprimido em muitas sociedades com seus valores morais. Basta citar a odienta segregação racial na sociedade americana, dominante na década de sessenta. Entre as bandeiras de tal movimento estava a luta pelos direitos das mulheres e das minorias étnicas. Eram muitas as bandeiras de libertação da contracultura. E necessárias.

            Hoje quando se olha para trás podemos dizer que a contracultura veio para mudar o mundo. Este, depois dela, em suas diversas versões, não é mais o mesmo. Talvez a essência da contracultura num mundo de guerras e divisões culturais, discriminatórias, de exclusões de muitos seres humanos, tenha sido expressa numa canção simples, uma obra de arte poética indiscutível: Imagine, de John Lennon. Os jovens sabem-se sonhadores e assumem o sonho, base da contracultura. Também não podemos deixar de fazer alusão a algo extremamente significativo para a época: o domínio absoluto do cristianismo e seus valores no Ocidente se vê questionado com a descoberta de outras formas religiosas igualmente importantes e até mais antigas: o budismo, o hinduísmo e o taoísmo, orientais. E aí também John Lennon teve um papel importantíssimo. Ainda dentro da mesma linha, mas sem a profundidade desse poema-canção, temos, no Brasil, Sociedade alternativa e A lei, de Raul Seixas. Dentro do mesmo ideal, mas num contexto diferente – a contracultura não é algo monolítico, pois explodia em sociedades e culturas com problemas específicos -, temos o hino do Tropicalismo É proibido proibir, de Caetano Veloso. Fazendo contraponto com este vamos ter a juventude transviada em torno da Jovem Guarda, na linha tanto dos Beatles quanto de Elvis Presley. Temos Joan Baez etc. etc. (não pretendemos fazer o levantamento de todos os movimentos contraculturais, embora não devamos esquecer o famosíssimo festival de Woodstock). Num desvio já evidente, os “ídolos” passaram a ser mais importantes do que o próprio de cada um, aquele algo que cada um é e jamais pode ter modelos externos. Criticavam os modelos e criavam novos. Tudo isso é contracultura. Os ídolos banalizam atitudes e valores, e seus seguidores tornam-se presas fáceis do consumo. Gera-se uma cultura de massa.  Numa outra vertente, vamos ter o movimento Hippie e sua nova mentalidade em choque com a cultura técnico-citadina e a opção pela vida no campo, na natureza. Talvez pudéssemos sintetizá-la na canção de Elis Regina, Casa no campo. No fundo era também uma contraposição ao progresso científico-tecnológico. E com este o domínio cada vez maior do capitalismo. Porém, há uma contradição na contracultura e suas facetas: ela mesma era possibilitada por esse mesmo progresso tecnológico. Sem a expansão vertiginosa dos novos meios de comunicação e sua penetração, hoje global com a internet, o Google, os celulares, não poderia ter tido a repercussão e adesões nos mais diferentes cantos do mundo. Esses movimentos defendiam muitas vezes o livre uso das drogas. Mas isso seria libertação quando elas destroem qualquer possibilidade de ato livre? É aí que se coloca a gravíssima questão da essência da liberdade, do falso poder da vontade, ou seja, do agir.

            Como todo movimento cultural inovador também gerou excessos, sem dúvida nenhuma. E por um motivo muito simples: não pensar as questões em sua essência, não pensar a essência do agir, seja na contracultura, seja na cultura. Em todo agir há sempre um ethos, mas não em todo fazer. É que agir é ser. E fazer pode ficar no aparecer, próprio das atitudes. Aristóteles inicia o Primeiro Livro da sua famosa obra Ética a Nicômaco com uma afirmação radical, em que, podemos dizer hoje, se move a essência da contracultura, da cultura e da própria arte. Diz: “Em toda ação vive o empenho por algum bem”. Eis o horizonte da essência do agir.  Mas basta pensar nas diversas dimensões de todo e qualquer agir para constatar algo simples, mas inquestionável: não há ação e “bem”, o benefício, sem um “custo”. Este pode ter um horizonte diferente caso se trate de “bens” ou se trate do “Bem”. E ambos se inscrevem no que normalmente chamamos de “ética”. É esta que os funda e realiza aquilo que chamamos ser humano. O humano é o ético como medida do que cada um é, pois o ético é a medida do ser em tudo que somos e não somos. Isso diz que, sem exclusão, culturas, contraculturas e artes são essencialmente éticas quando em sua pujança humano-criativa. Fica até difícil de mostrar em que se distinguem. E é isso o que vamos tentar aqui, pois elas se implicam essencialmente. Para não levar logo de início o leitor a confusões, temos de distinguir bem entre ética e moral. Toda ética implica a moral, mas nenhuma moral é ética. Eis aqui a grande questão da aparente oposição entre cultura e contracultura, entre contracultura e arte, entre arte e cultura. Sobretudo porque muitas vezes na cultura, na contracultura e nas artes destacam-se tanto a moral e seus valores que perdem o horizonte que os justifica e são seu motivo: o humano, do qual devem ser a manifestação.
 
             Portanto, o que é o humano? O que é o ético? O que é o poético? O grande equívoco de qualquer resposta a estas três perguntas que perfazem, essencialmente, uma única, é querer justamente reduzi-las a um ou vários conceitos. Nenhum conceito dará conta do que é o humano, o ético, o poético. Simplesmente porque eles são questões. Não somos nós que temos as questões, elas é que nos têm. E todas as nossas ações já dependem de como as experienciamos. Como nenhuma experienciação dá conta do que somos, embora nos manifestemos nelas, igualmente nenhuma ação como resposta as abarca e as define. E isso é que as culturas bem como os movimentos da contracultura quiseram afirmar e impor.

Como todo movimento que se quer revolucionário, criam-se logo palavras de ordem, lemas, denominações, atendendo mais ao externo do que ao longo e sofrido processo interno e silencioso de transformação, onde podem eclodir as possibilidades de que todo ser humano se constitui: somos possibilidades de e para possibilidades. E estas medram no sereno acolhimento da linguagem, sua verdade e sentido. Sentido é a luz do caminho. Só assim haverá mundo, o único real em que se move todo ser humano. Há sempre o perigo de se jogar tudo no poder do sujeito, como se este fosse a fonte do agir do pensar. Não é. Todo pensar do agir se funda no agir verbal, no poder da palavra que liberta. Não podemos trocar nunca a força aparente do sujeito pelo seu núcleo fundador, a linguagem, diziam os gregos, o logos. Essa troca é a ilusão em que se move toda a metafísica dicotômica e excludente. E o movimento desencadeador da contracultura que se tornou predominante na década de sessenta foi, sem dúvida, o existencialismo, iniciado na década de quarenta, propondo a sua famosa inversão metafísica, com a qual pretendia superá-la. Acontece que uma inversão não supera a metafísica, pelo contrário, a acirra. Só se supera radicalizando-a e trazendo-a para o ético do pensamento e seu agir. Hannah Arendt se defrontou com esse problema pensando a essência do mal, não caindo na dicotomia fácil que o opõe ao bem (moralmente definido). Eticamente pode haver mal? Sabemos que toda metafísica já pressupõe uma superação da metafísica. Dizia o existencialismo, que é um humanismo metafísico, na formulação de Sartre: a essência não precede a existência. É no existir livremente de qualquer essência ou valor essencialista, moral, que o ser humano acontece, existe, e se dá livremente uma essência. Se tal posição e atitude abrem as portas da vontade para a liberdade, em verdade, não dimensiona os custos. E o sujeito e seu agir sem custos não existem. Somente trazendo para o questionar o agir ético do pensar é que podemos dimensionar a essência e a existência, em que se funda o ser humano.

           Acostumados às classificações das obras de arte nem nos damos conta do horizonte de seu agir e de sua atuação na realização do humano. A arte é radicalmente ética e por isso inseparável, seja da cultura, seja da contracultura, desde que não lidas e classificadas segundo o horizonte dos valores morais ou formais atributivos. Portanto, que lugar ocupa a arte na cultura e/ou na contracultura? E a partir de que posição definimos cultura, contracultura, arte? Há a tendência a tomar a cultura como paradigma para falarmos bem ou mal da contracultura. Aliás o próprio nome já o diz, há aí o “contra”. Mas será que em todas as épocas não se parte para uma nova época porque se nega a cultura vigente e os seus valores, não se é “contra” o que se faz e domina? O mesmo não acontece com a arte? Como surgem novas obras de arte e movimentos epocais se não houver necessariamente uma certa negação, um “contra”? E como se julga essa negação? É aí que entrar um componente em nossos juízos de que nem sempre nos damos conta: julgamos tudo a partir da lógica, que é excludente, sem atentarmos para um fato muito simples: a realidade é lógica, sim, mas esta não abrange toda a realidade e seu acontecer histórico, pois nem se pensa a essência do tempo e ser, ou seja, do próprio ser humano em sua condição. E nem se leva em conta que em qualquer situação, o que sempre predomina é a dialética, mas esta sem exclusão nem ideia absoluta, porém numa permanente inclusão, porque aberta e livre. Isso é totalmente comprovado com as obras de arte e de pensamento. As tragédias de Shakespeare não são as tragédias de Sófocles. Há aí, sem dúvida, uma diferença, um “contra”, mas sem umas excluírem as outras. No caso, a diferença enunciada no “contra” já tem embutida uma negatividade, mas justamente aquela da dialética. E o admirável é que há dois movimentos sempre em toda época, em toda grande obra de arte: de um lado, nega a anterior, de outro, afirma novas dimensões éticas do humano. E estes tendem a se tornar fixos, certos, lógicos, verdadeiros, únicos, morais, diz-se. Ou seja, toda negação tende a se tornar, no tempo, afirmação. E esta, pelo próprio acontecer de ser e tempo, a gerar nova negação. E assim dialeticamente. Portanto, temos de ver com cautela o “contra” da contracultura. E é isso que a história da contracultura mostra sobejamente.

Para isso é essencial diferenciar as ações éticas daquelas morais. Na moral o parecer é mais importante do que o ser. Claro, não pode haver uma dicotomia, mas também não é a mesma coisa. O parecer consiste em considerar o aparecer sem o ser. São os valores da aparência, das máscaras, dos simulacros, dos estereótipos, dos hábitos, do já aceito e repetido como sabido. E é “contra” essas valores morais, que se devem impor por si, que devem ser seguidos sem questionamento, que já têm moldes e modelos prévios a todo agir, que caem no domínio do público do impessoal, das normas absolutas, que, negando-os, surgem as contraculturas. A moral tende ao estático e estabelecido, ao sistema auto-referenciado. É bem o contrário da ética, onde o essencial é o poético. Não há ético sem poético e não há poético sem ético. E é isso que desde sempre se denominou obra de arte, se pusermos em primeiro lugar o que a palavra “obra” diz, aliás, o mesmo que poético no grego: o que age, o que faz acontecer, o que realiza. É necessário pensar a essência do agir, horizonte onde nos aparece a condição humana.
 
O agir se coloca sempre no horizonte das questões. E é nisso que, em geral, os movimentos contraculturais se debateram. Há sempre o perigo de cair em falsas questões como a das formas, confundidas com a linguagem, a da falsa criação como novidade, a da substituição do agir ético-poético pelas atitudes ou pela estética do choque, do inusitado e extravagante para aparecer e agredir, ou seja, o uso do poder da força como argumento. Enfim, a violência da moral institucional é substituída pela afirmação através da negatividade pela negatividade. Tira-se uma máscara para colocar outra, que quer aparecer como legítima e mais verdadeira. Há uma diferença radical entre atitude e ação poética. Na primeira se joga, se representa para fora, para aparecer e parecer que é sujeito. Já na segunda não há separação entre o exterior e o interior. No lugar do sujeito há o ser do sujeito, o “sou” do “eu”, numa dialética de negação e afirmação, onde o ser, vir-a-ser, no aparecer e parecer têm como fundamento o que se é e recebeu para ser. Mas este acontece na auto-escuta, no deixar o silêncio falar, na espera do inesperado, até porque ninguém faz a realidade acontecer. Independentemente de nós ela acontece. Édipo que o diga. E não foi no seu ato poético de cegar-se, de negar o conhecimento pela visão e pelo fazer de suas escolhas que chegou a se conhecer e a saber que nada sabia, ou seja, que agir não é fazer, que agir é deixar acontecer o que já nos foi dado para ser, aquilo que os gregos chamavam Moira, a doação de possibilidades de recepção de si e dos outros, ou seja, destino? Neste e por este tudo é e não é. É o nada e a nossa condição, na mutação constante da realidade. E somos, como afirma Guimarães Rosa, seres muito provisórios ou como há milênios Píndaro disse: seres efêmeros. Quando a contracultura quer se afirmar e tornar norma, ser padrão de comportamento, já entrou em contradição com ela mesma, pois estarão seus valores morais igualmente condenados à efemeridade.  Na realidade o que há no embate de cultura e contracultura é o choque de dois mundos de valores que se auto-destruirão, auto-ultrapassarão. Então é necessário perguntar pelo sentido do que somos e do que fazemos, enfim, do sentido dos valores que se combatem ou se querem impor gerando novos valores morais.

Na moral o valor e a ação são determinados de fora para dentro, embora pareçam ser subjetivos. Isto gera nas pessoas, ou revolta ou somatização, de onde surgem as doenças sem causa e a sensação de impotência, como é o caso da melancolia, da paralisia psíquica. Nisso, um dos grandes sintomas de nossa contemporaneidade é domínio da futilidade e da banalização de tudo, até do que há de mais essencial: o ser humano e a morte.

Na ética o valor não vem da relação nem de um sistema prévio, seja ele subjetivo, seja ele institucional (máscara da moral). O valor é o acolhimento do sentido do agir quando se realiza o que é próprio de cada um – sua essência – suas possibilidades, e a fonte e vigência de tais possibilidades que cada um recebeu do ser. A linguagem do sentido do ser se torna a própria libertação e realização, e não do novo sistema que se quer impor. Nesse pólemos (combate dialético) passa a vigorar a verdade enquanto tensão dialética de desvelamento e velamento, de sentido e forma, de solidão e sociabilidade, de interno e externo, de limite e não-limite. O ético é um valor ontológico, não um valor subjetivo-moral. O desajuste e embate sofredor do sujeito com a moral sua e do sistema não é anulada na vida de cada um. Nenhuma contracultura pode fazer isso. Pelo contrário sofremos o assédio dos hábitos e nossos gritos tendem a se anular, nossa ansiedade por libertação e realização tendem a não encontrar ressonância.  

São as contradições tanto das culturas quanto das contraculturas. E essas questões ressoam nas obras de arte, apelando para a escuta do sentido ético-poético do ser humano.

 

 

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