14 setembro 2008

Atitudes possíveis diante de uma prova

Manuel Antônio de Castro


Em nossa vida, muitas são as provas que temos de fazer. Como nos sairmos bem? Claro, primeiro estudar muito e com concentração. Mas e na hora da prova? Como desfazer a tensão e a ansiedade e começar a articular bem as respostas?

Eis algumas sugestões bastante simples e práticas:

Que procedimentos seguir?

Diante da questão dada ou a escolher deve, antes de responder, fazer o seguinte:
1º. Ler com muita atenção a questão como um todo;
2º. Em seguida sublinhar os VERBOS e SUBSTANTIVOS. Por quê? É que neles estão concentrados os significados principais, em torno dos quais gira o que se pergunta. Muitas vezes, por não atentarmos com exatidão para o que está sendo perguntado, respondemos de uma maneira vaga ou até o que não é o objeto principal da questão. Centrando a atenção nos verbos e substantivos, vamos saber com maior clareza o que se pede para responder. Quais são as QUESTÕES ou PROBLEMAS colocados pela pergunta;
3º. Antes ainda de responder, prestar atenção depois nos ADVÉRBIOS, pois estes é que indicam aspectos essenciais das ações dos verbos. Uma coisa é dizer FAZER, bem outra é NÃO FAZER, CONCORDAR e NÃO CONCORDAR;
4º. Pensar bem as relações entre essas palavras e os diferentes aspectos que elas implicam;
5º. Feito isso, anotar, se possível, no rascunho, em tópicos breves, as principais idéias que DEVEM SER DESENVOLVIDAS na resposta;
6º. Nunca fazer rascunho das respostas, pois CERTAMENTE não haverá tempo para fazer as duas coisas: redigir e depois passar a limpo. É melhor escrever direto e, na releitura, fazer as correções;
7º. Nunca entregue as respostas sem as RELER. Às vezes uma palavra que faltou leva a se afirmar o contrário do que se queria dizer;
8º. Deve ser bem CLARO no que expõe. Diante de uma redação confusa, o examinador passará por cima e perderá o fio do raciocínio da resposta, uma vez que tem que corrigir diversas provas. Julgará o candidato confuso. Procure não escrever períodos longos, onde o pensamento fica embaralhado e, portanto, possivelmente, difuso e sem consistência. Escolha com cuidado os verbos, nele se concentram a força e alcance do raciocínio e do pensamento.

Âmbito da resposta.

Dependendo do que se pergunta, dos autores implicados e da bibliografia em torno das questões ou problemas, três aspectos devem ser desenvolvidos:
1º. Aspectos positivos ou idéias defendidas pelo autor etc.;
2º. Aspectos negativos, isto é, críticas possíveis a essas idéias, com o auxílio de outros autores ou idéias contrárias;
3º. Procurar encaminhar as opiniões próprias em relação tanto aos aspectos positivos quanto aos aspectos negativos. É essencial sempre apresentar um lado CRIATIVO, onde mostrará a sua potencialidade crítica e de pensamento próprio. Expor como papagaio e de modo decorado o que outros dizem, embora pareça muito didático, é, no fundo, pobre. Deve mostrar sempre uma originalidade possível, mas com fundamento e com simplicidade, usando argumentos e nunca partindo para a adjetivação simplificadora;
4º. Mostrar que é capaz de pensar, procurando ver as QUESTÕES dentro de um todo coerente e nunca isolando uma ou outra palavra e contradizer o autor através dessas artimanhas. Isso demonstra visão parcial e curta. A visão do todo e o levar em conta o pensamento como um todo é MUITO IMPORTANTE, pois indica amadurecimento, respeito pelas idéias dos outros e a ausência de simplificações que só depõem contra quem não consegue ver as questões dentro de todo mais amplo.;
5º. É muito difícil haver uma banca que não leve em conta toda essa articulação. E, por isso, uma resposta fundada nesses caminhos tem, geralmente, o efeito de convencer quem examina, ainda que, às vezes, não concorde exatamente com aquilo que na resposta se defende.

Um comentário:

André Luís Borges de Oliveira disse...

Temos a sorte de ter um orientador que com carinho e cuidado nos convida a ser livres