18 setembro 2007

Como e para que pesquisar?






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Nem sempre os jovens pesquisadores recebem uma orientação mínima a respeito do modo de desenvolver produtiva e adequadamente o projeto elaborado. No entanto, alguns passos e procedimentos, devem ser seguidos. Eles, no caso de que vamos tratar, estão correlacionados ao próprio método em que a pesquisa se deve envolver e desenvolver. Eis a seguir alguns procedimentos que devem ser seguidos para otimização das leituras e do tempo gasto no projeto, tendo em vista uma maior profundidade e excelência na realização do projeto.

1º) Elaborado o projeto, é necessário, num primeiro momento, estabelecer um SUMÁRIO provisório. É provisório porque nele as questões ainda estão atemáticas. Ainda não foram pesquisadas através de leituras, reflexões, comparações, comprovação de afirmações, ampliações dos âmbitos das questões. Todo atemático que procura o temático ocorre num processo metodológico de apreensão, depreensão e compreensão.
Esse SUMÁRIO provisório deverá conter as principais questões que o tema/assunto do projeto contempla. É sempre necessário ao projeto uma coerência e coesão. A coerência diz respeito à pertinência das questões em relação ao tema/assunto do projeto. Já a coesão deverá partir da idéia do todo em relação às partes em que o projeto se desenvolve. A coesão exige, portanto, a coerência. Há, portanto, uma profunda referência entre coesão e coerência.
Contudo, a coesão e coerência são algo dinâmico, vivo, mutável, num contínuo processo de aprofundamento. Em vista disso, a coesão e coerência dependem de uma terceira coordenada que, em geral, não é levada em conta: o processo. Este é tão importante ou até mais do que a coesão e a coerência. A importância fundamental do processo abre a segunda fase da realização do projeto.

2º) A pesquisa como processo.
Nesta fase, o que é atemático no projeto começa a se transformar em temático. Como se faz e se dá isso? Aqui é necessária muita disciplina por parte do pesquisador. O que entender por disciplina? Em si, não é o dedicar sistematicamente muitas horas ao trabalho, porque pode se tornar um trabalho não produtivo. Então disciplina implica:
a) trabalho, dedicação, persistência e paciência;
b) produção de resultados.
Como, através do trabalho, obter a produção de resultados?
I) Evitar o trabalho desordenado, dispersivo, repetitivo. O pesquisador que lê desordenadamente pode-lhe ser negativo, porque vai acumulando na mente uma quantidade muito grande de informações e estas não podem apenas ser quantitativas. Devem também ser qualitativas.
II) O equilíbrio entre quantidade e qualidade eis a chave. É aqui que se exige uma disciplina acumuladora num primeiro momento e, num segundo, produtiva e criativa. Para tal, alguns procedimentos são necessários:
a) Tendo em vista as questões do sumário, o pesquisador deve selecionar uma bibliografia pertinente. Num primeiro momento não precisa ser muito extensa.
b) Sempre tendo em vista as questões do sumário, o pesquisador deve escolher uma questão sobre a qual irá ler, para passar do atemático para o temático. O ler a bibliografia sobre a questão não pode ser uma leitura genérica, mas feita com muita atenção, ou seja, é uma leitura dirigida e com muita atenção. A finalidade é apreender e compreender como o texto trata da questão pesquisada. Essa leitura deverá produzir tópicos pertinentes à questão ou resumos. Aqui o modo de ser do pesquisador e a sua criatividade é que deverão determinar o modo de aproveitar a leitura. Mas de qualquer modo deve ser uma leitura disciplinada e persistente.
c) Previamente, o pesquisador já deve ter organizado o suporte material para organizar os apontamentos, fichas, caderno com divisão para diferentes disciplinas, ocupando o lugar destas cada questão etc. Para CADA QUESTÃO deve haver fichas ou pastas ou arquivos no computador (dependendo de cada um, o uso deste fica para um segundo momento). A separação e guarda das fichas ou apontamentos por questões e tópicos do SUMÁRIO é fundamental. Aqui deve haver muita disciplina.
d) Ocorre que é muito difícil haver um ensaio onde outras questões não apareçam, Então o pesquisador deve ter à mão o caderno ou criar as pastas com as outras questões. Fazer na hora as anotações – às vezes rápidas e indicativas para não cair na dispersão – e colocá-las nas pastas respectivas é fundamental. Se deixar para fazer depois, certamente irá esquecer. Nossa memória é muito traiçoeira.
e) A leitura de um segundo ensaio sobre a mesma (mesmas) questão (questões) já é mais complexo e essencial. O pesquisador não se deve limitar a resenhar as idéias de cada ensaio. Isso é necessário, mas ainda superficial. Muitos trabalhos: ensaios, dissertações, teses, ressentem-se disto. As mais das vezes resultam numa justaposição de idéias com ligeiras e superficiais relações ou até nenhumas. A leitura de um segundo ensaio sobre as mesmas questões já dá mais trabalho. O pesquisador não pode esquecer que seu trabalho consiste em trazer o atemático para o temático e não enumerar, justapor idéias já tematizadas. Cada um deve comparar o que os dois (três, quatro, cinco) ensaios dizem e ver até onde há repetições e só aproveitar o que houver de novo na configuração da questão em seus diferentes aspectos. O que for repetição devido ao estilo do ensaísta deve ser simplesmente abandonado ou criticado. Criticar aqui não diz meter o pau, denegrir ou coisa semelhante, mas lembrar-se sempre que o significado original de criticar é diferenciar, distinguir. Destacados os limites das idéias sobre as questões, aspectos negativos, deve o pesquisador propor as idéias positivas e acrescentar a sua contribuição com novos aspectos e dimensões.
f) Então, vejamos, todo trabalho de pesquisa exige o conjugar três verbos: 1º questionar. Por este verbo se monta um projeto de pesquisa, onde o não-saber atemático gera um querer saber-tematizado. Isso suscita o segundo verbo: dialogar, pelo qual, tendo como diretriz sempre as questões, se confrontam dois, três, quatro etc. ensaios, num diálogo real e produtivo. Do diálogo produtivo entra em cena o 3º verbo: criticar, como diferenciar. Aqui algo realmente tem que acontecer:
I) não se guiar por nomes que assinam os ensaios ou obras. A autoridade de um autor não está no nome, mas na profundidade com que trata as questões;
II) também não deve simplesmente justapor as idéias dos autores, mas, a partir do diferenciar, estabelecer: primeiro, o âmbito amplo da questão; segundo, as suas relações com outras; terceiro, descobrir criativamente aspectos e dimensões ainda não tematizadas, isto é, ainda não pensadas. É aqui que se mostra o vigor do pensamento do pesquisador. Neste processo o trabalho vai-se escrevendo lenta, mas seguramente.
Quando os três verbos foram exercitados, a apreensão, compreensão e depreensão foi acontedendo.
g) a tarefa descrita no tópico “f” tem duas dimensões:
1ª) Vertical. O pesquisador deve descer literalmente aos arcanos da questão, isto é, do seu núcleo fundamental;
2ª) Horizontal. É muito difícil que uma questão não se correlacione – ao ser aprofundada – com outras, estabelecendo-se uma rede de relações. Descobrir novas relações é uma das tarefas mais importantes do pesquisador. A esta altura, o pesquisador já deve estar tomado completamente pela tematização das questões e aí deve permanecer disciplinadamente. Esclareça-se que as relações horizontais não devem trazer confusão e mistura de questões. Nunca se deve perder o fio da meada. O pesquisador pode perfeitamente esclarecer que aquela relação exige o tratamento de uma outra questão, que será visto num tópico seguinte ou noutra parte do trabalho. Nesse momento não pode esquecer que deve haver coerência na tematização de cada questão e coesão nas diferentes relações e referências a outras questões, tendo sempre a idéia do todo que constitui o projeto e é a razão de ser do trabalho, da obra.
h) Decorrente do que foi dito no tópico “g”, pode ocorrer algo muito importante: o SUMÁRIO provisório, tendo sempre em vista a procura da coesão do todo, pode exigir que ele seja refeito na sua organização e disposição. Os tópicos/questões podem mudar de lugar ou até alguns serem abandonados e novos serem acrescentados. Tudo isto tendo em vista o objetivo primordial de coerência e coesão. O pesquisador nunca deve esquecer que o processo deve ser criativo e que, em última instância, é o atemático que deve determinar em princípio a coerência e a coesão, não só em relação ao já tematizado nos ensaios e obras que se vão lendo, mas muito mais no ainda não-tematizado. É este -transformado e manifestado no tematizado – que vai determinar a originalidade do trabalho.

i) A realização do trabalho - ensaio, dissertação, tese -, como se vê, exige muita disciplina e dedicação. Qualquer dispersão afetará muito a sua qualidade. Muitas dissertações e teses limitam-se a justapor idéias, às vezes mais pelo nome do autor do que pela densidade e profundidade no tratamento das questões, escrevendo alentados mas chatos e improdutivos trabalhos, que terão um único destino: entrarem num catálogo geral sem, jamais terem a menor chance de virem a ser publicadas. É que são feitas de superficialidades quantitativas e de repetições muitas vezes desordenadas quando não caóticas. Nunca se pode tomar coerência e coesão como subserviência a determinados autores e ensaios ou obras. Elas são, na disciplina da pesquisa, um primeiro momento que deve ser não só necessário como também rigoroso. Mas tudo isso como preparação para fazer manifestar-se o trabalho numa nova coerência e coesão. Nesse sentido, o processo poético-criativo (vá a tautologia) é ambíguo sempre. A disciplina de coerência e de coesão é o limiar da não-disciplina da qual emergirá uma nova coerência e coesão. Isso não é nem deve ser estranho, porque é o cerne das próprias questões. Elas são fonte inesgotável de novas experiências e experienciações.

j) Caso sejam levadas a sério estas observações, muito trabalho de leituras quantitativas e desordenadas serão evitadas. Há um fato relevante. Avançar em profundidade e densidade numa questão não é assim tão fácil. Por isso, o pesquisador, depois de algumas leituras atentas e disciplinadas, notará que os autores começam a se repetir. É a hora de se guiar só pelas questões e pelo que os ensaios e obras tem algo a dizer de novo. Caso contrário, abandonar logo a leitura em andamento e passar para outro ensaio ou obra. Não adianta perder tempo com o que nada tem a dizer. Por outro lado, deve ser feito o inverso com os ensaios e obras realmente densos. Esses devem ser lidos e relidos, pensados, refletidos num processo lento de metabolização, de tal maneira que as questões no nível em que são tematizadas passam a ser incorporadas pelo pesquisador. Mas metabolização jamais quer dizer decorar, mas um tornar próprio o que é digno de ser pensado. Só assim vai fazer algo de produtivo e criativo. Isso, é claro, é trabalhoso, lento, doloroso. Porém, esse é o único caminho para a tematização criativa. Quando o pesquisador deixar de ser um papagaio repetidor do que os outros dizem e passar a dialogar profundamente com as questões e conseguir já dizê-las de modo próprio, só então aconteceu o dialogar. Este não é chegar a consensos enganadores e superficiais. Todo consenso é perigoso, porque nele ambos os dialogantes estão perdendo algo. Uma transferência de identificação e, portanto, de perda, aconteceu. No dialogar com os autores e as questões, o essencial é a identidade harmônica e tensional das diferenças.
k) A identificação deve acontecer em relação às questões, mas jamais à adoção pura e simples de uma enchurrada repetitiva de citações. A densidade e a profundidade de um trabalho não se medem pela quantidade das citações. O critério fundamental é a sua pertinência em relação à questão que está sendo tratada. Para isso é fundamental que o pesquisador se dê conta de algo fundamental. Uma citação tirada do seu contexto pode perder muitas articulações e não chegar a dizer o que o pesquisador, ao citar, quer dizer e acentuar. É sempre necessário comentar a citação, justificá-la, destacar aspectos, palavras, imagens. Simplesmente porque não é evidente que o autor citado quis dizer aquilo que o pesquisador acha que disse e percebeu ao ler. Então é necessário um comentário que mostre o porquê da citação e o lugar que tais idéias ocupam no processo construtivo e criativo do texto do pesquisador. O excesso de citações – a não ser que estabeleça um diálogo cerrado, denso, questionante – ou muito longas perdem o seu lugar apropriado, além da pertinência e coerência. Afinal o que o pesquisador quer realçar? O que é deveras importante? Como tudo isso se insere no texto criativo do pesquisador? Uma citação – no corpo de um trabalho – deve ser como um quitute culinário, algo muito precioso e gostoso, que foi metabolizado e passou a fazer parte do trabalho, enquanto este deve ser a expressão criativa do novo sentido, mundo e verdade das questões em que o pesquisador com seu trabalho se move. Neste horizonte, é importante destacar que o trabalho que se mova no âmbito das questões não pode de maneira alguma ficar restrito a uma tematização racional, objetiva, no sentido de algo distante, desligado das experiências e experienciações, do pesquisador. No trabalho, é importante que isso se destaque e afirme, pois a vida do pesquisador, enquanto saber e não-saber, está sendo decidida. Eles não simples conceitos abstratos, mas conhecimentos que implicam referências de sentido, mundo e verdade, ou seja, são referências de valores éticos. As questões – se são questões – sempre se movem no horizonte do ético. Nelas, o próprio sentido, mundo e verdade do pesquisador estão implicados. Nelas, não só se decide uma futura profissão funcional, mas também uma experienciação do que é, enquanto o humano do homem. Então podemos dizer que fazer pesquisa e desenvolver um projeto não é uma tarefa qualquer dentro de um sistema funcional para o exercício somente de uma função. É também uma verdadeira travessia do ser homem para a apropriação do humano do homem. Esta pertinência se torna fundamental para a escolha do tema/assunto do projeto e do que no projeto é projetado. O tema/assunto das questões deve surgir, provir do que há de mais profundo no pesquisador. Deve ser, por isso, a escolha e o resultado de um auto-diálogo e de uma auto-escuta que vai se dando no próprio ler, estudar, compreender e experienciar a vida.

3º O projeto concluído
Trabalhando com disciplina e organização, o SUMÁRIO vai sendo realizado e as questões do tema/assunto de distribuem, redigidas ao longe dos capítulos, de uma maneira coerente e coesa. Nesse momento, a redação de cada parte pressupõe a consulta sistemática às notas contidas nas pastas para cada questão. Eis que o projeto deixou de ser atemático e o tematizado surge como uma obra de pensamento original e criativa.
É sempre importante ler e reler o que foi redigido para mudar o que for necessário, dando clareza às idéias. Para isso é importante retirar repetições, criando um todo harmônico, cuidar do estilo, evitando repetição de palavras e de construções. Cuide para que não haja períodos longos e sem pontuação adequada.
Quando o pesquisador segue com firmeza e disciplina a orientação, o tema/assunto do projeto cria corpo num ensaio mais ou menos longo. Aí depende da quantidade e densidade das leituras. Tudo se dá num certo processo de crescimento. Se não há leituras diversificadas e densas, na hora de desenvolver as idéias em torno das questões elas serão poucas, fracas e generalizantes. O mais difícil é ultrapassar o senso-comum, as idéias estabelecidas pelos paradigmas dominantes. O caminho de crescimento e ascensão passa necessariamente pelo descer às raízes das questões. Para isso é necessário que o pesquisador se deixe envolver por elas e selecione muito bem as leituras e se dedique – sendo avaro com seu tempo – aos autores, ensaios e obras realmente importantes, significativos, inovadores e questionadores. Isso nada tem a ver com modismos paradigmáticos. As grandes questões, em sua complexidade e riqueza, encontram-se naturalmente nas obras dos grandes pensadores. Nesse sentido, para o pesquisador, é fundamental que não se refira a ou cite obras de grandes pensadores pelo que outros dizem deles. É necessário ler com coragem e assiduidade as próprias obras. Quando se dá mais importância aos comentadores do que às próprias obras, cai-se no perigo de tratar a planta verdadeira pelas plantas parasitas que se grudam e alimentam dos seus troncos.
Seguindo uma dieta de leituras substanciais e rigorosas, quando houver necessidade de passar de um ensaio para uma dissertação, o esforço despendido nas leituras ao longo do projeto antigo e do novo dará a base para acontecer o significativo pulo de um simples ensaio de dez, vinte ou trinta páginas, para uma dissertação de cem páginas e, finalmente, para uma tese com originalidade. Nada se realiza da noite para o dia. O trabalho sistemático e disciplinado de leituras em torno de diferentes questões já irá sinalizar as dificuldades maiores ou menores na conclusão de um projeto.
O pesquisador inteligente já vai se organizando ao longo do processo de pesquisa, cuja preparação consiste na busca de uma bibliografia consistente e densa, em torno das questões essenciais. Em geral, os trabalhos finais se ressentem desta bibliografia básica e variada em torno de uma ampla gama de questões. Isso significa que, ao longo do curso como um todo, poucas leituras, de fato, foram feitas. Isso é desastroso na hora de redigir o trabalho. Ele será pobre e raquítico. E mais, vai-se fazer bem presente quando participar de um concurso. Nesse momento aparecem as lacunas deixadas ao longo do percurso. Mas será tarde para saná-las. De certo que nunca será tarde quando se leva a sério e se torna avaro com seu tempo, dedicando-se disciplinadamente ao estudo sistemático e criterioso.
As leituras têm que ser acompanhadas por um processo interno, onde o mais importante é o auto-diálogo e a auto-escuta, como ponto de partida consistente para um diálogo e escuta frutífera com as obras dos pensadores, ou seja, o auto-diálogo deve sempre ser acompanhado com o hétero-diálogo (diálogo com o outro). Só na reunião do auto-diálogo e do hétero-diálogo se constrói um pensamento sólido, variado, profundo, questionador. A realidade em seu sentido de mundo e verdade vai aparecer rica, variada, diferenciada e harmônica. Os conceitos paradigmáticos vão dando lugar à vivacidade tensa e desafiante das questões.
O projeto de pesquisa vai aos poucos se ampliando e dando origem a novos projetos, e o que era um objetivo configurado por um horizonte bem delimitado torna-se tão importante que acaba por se transformar, com o passar dos anos, num projeto de vida profissional e pessoal.
Mas isso só acontece quando os projetos de pesquisa deixam de ser trabalhos que falam sobre diferentes coisas ou temas/assuntos, para serem tão intimamente experienciadas suas questões que só dá para falar com e não simplesmente sobre. Então o auto-diálogo acontece, porque nele, o diálogo com o que é o próprio só pode ser o próprio que cada um é.
Apropriarmo-nos do que nos é próprio não é afinal o verdadeiro projeto de nossa vida? Eis porque seremos eternos pesquisadores, caso contrário seremos mortos ambulantes, fazendo-se passar por vivos. Enfim, pesquisar é tornar-se e ser feliz.

3 comentários:

Carol disse...

Em outras palavras (ou melhor, versos) "Cadáveres adiados que procriam". Pessoa
Parece bobagem este meu comentário, mas nesta hora ele é muito significativo pra mim, tanto quanto ler esta postagem referente à importância da pesquisa. Meu projeto de vida profissional sempre esteve entrelaçado ao pessoal. Independente de respostas, antevejo um caminho. Talvez isto, por hora, seja o mais importante.

Carol disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Caro Manuel,
Este seu texto é uma ferramenta importante aos pesquisadores iniciantes e também aos iniciados que não compreendem o sentido do pesquisar. Foi muito bom encontrá-lo aqui, à disposição, sem a menor pretensão e sem reservas. Obrigado.