24 junho 2007

Clareira

Manuel Antônio de Castro

A clareira é uma questão fundamental. Ela, como o livre aberto onde o ser humano já está originariamente jogado, articula em si as questões fundamentais de verdade, mundo, memória e liberdade. Mas estas questões vão ser ambíguas, pois tanto dizem respeito ao aprendizado quanto à aprendizagem, ao saber quanto à sabedoria. Então a verdade, o mundo, a memória e a liberdade podem ser vistas no âmbito de uma ou outra dimensão. A clareira como lugar não diz respeito a um tempo e a um espaço, mas vigora sempre enquanto verdade, mundo, memória e liberdade. Nela acontece o ser do homem como homem humano.

05-06-07

2 comentários:

Patricia Jeronimo disse...

Com os avanços tecnológicos, a relação com o tempo muda. Tudo ocorre rapidamente. Somos guiados pelo relógio. Não temos tempo para ouvir o outro, de estar aberto ao desconhecido, porque estamos o tempo todo atrasados para o trabalho, para a aula, para o curso, entre outros atrasos. Nesse contexto, a interação com o outro se perde, logo, a nossa memória também. Quando interagimos com o outro, estamos construindo memória, “a mais generosa dos retratistas” (Gonçalves, 2006)e sempre que a evocamos, retomamos a nossa própria história.

Patricia Jeronimo disse...
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